segunda-feira, 25 de julho de 2011

Oposição vai reapresentar Lei Mentor

Vereadores contrários à revogação vão testar capacidade de articulação da base para novas manobras

A bancada de oposição na Câmara de Americana vai apresentar um projeto de lei com a proposta de restabelecer o que estava previsto na Lei Mentor. Revogada pela base aliada do governo Diego De Nadai (PSDB), a lei obrigava o município a divulgar o valor do dinheiro público empregado em cada peça publicitária publicada nos meios de comunicação impressos. A estratégia da oposição será convencer os vereadores que ficaram no meio do fogo cruzado da votação e colocar à prova o poder de manobra da base aliada, que utilizou de sessões extraordinárias e artimanhas para garantir a revogação da lei. Além disso, a ideia é que a indignação da opinião pública pese na decisão dos vereadores na hora de votar.

O vereador Marco Antonio Alves Jorge (PDT) disse que o projeto deverá ser bastante discutido com a sociedade, que poderá inclusive opinar sobre o texto que será proposto. A ideia é dar oportunidade para que todos possam se manifestar sobre o assunto, já que a revogação da Lei Mentor ocorreu em duas sessões extraordinárias, às vésperas do recesso parlamentar.

A oposição deverá trabalhar nos bastidores para garantir os votos necessários para a aprovação da matéria. Além dos quatro vereadores do PT e PDT, eles querem recorrer ao vereador Oswaldo Nogueira (DEM), que já se declarou publicamente contrário à revogação e só não votou o projeto do Executivo porque estava na Presidência, após uma manobra da base para garantir um voto a menos para a oposição. Também será procurada a vereadora Leonora da Silva Périco (PPS) que, não se sabe o motivo, rompeu com a base e já votou contra a revogação. Outro que será procurado é o vereador Reinaldo Chiconi (PMDB), que tem sofrido pressão do partido e até ameaça de expulsão da sigla por ter contribuído para a revogação da lei.

Eles (a base) têm direito de fazer manobras, mas nós também temos o direito de apresentar projetos", defendeu Alves Jorge. "Não podemos abaixar a cabeça. Vamos ver o que podemos fazer para uma articulação mais forte, até porque há um sentimento coletivo de indignação", defendeu. "Acho que a sociedade já pode ir se preparando para entrar em contato com seus representantes".

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