quarta-feira, 20 de junho de 2012
A deselitização da política brasileira
Dos quinhentos anos de História formal do Brasil, quase trezentos e noventa foram concebidos sob o manto da monarquia (portuguesa ou “independente”). Nessa forma de governo, a transmissão do poder se deu de forma hereditária, limitando seu acesso a poucos escolhidos dentro de uma elite de “sangue azul”.
Com o advento da República, pouca coisa mudou. O ideal republicano foi fruto de ações de oficiais militares de alta patente, tornando o povo mero espectador da mudança no sistema político. A elite continuaria a governar o Brasil. Marechal Deodoro da Fonseca, o “proclamador da coisa pública”, entregou a cadeira presidencial a outro oficial de mesma hierarquia, Floriano Peixoto, que foi sucedido por Prudente de Morais e Campos Sales, ambos acadêmicos da tradicional Faculdade de Direito de São Paulo e representantes da oligarquia cafeicultora.
Durante mais de cem anos, o cargo supremo do Poder Executivo foi ocupado por aristocratas, militares e industriais. Sempre que qualquer ameaça rondava a manutenção desse ciclo elitista, a minoria dominante tomava o poder pelas armas, impondo ao povo governos ditatoriais.
Em 2002 os trabalhadores do Brasil decidiram dar um basta no domínio da elite e elegeram um presidente operário, oriundo da classe econômica menos favorecida. Assumindo em janeiro de 2003, o presidente Lula rompeu com velhos paradigmas na política brasileira. Criou projetos que permitiram, por exemplo, que o filho do pobre tivesse acesso aos bancos universitários, que facilitaram a compra de moradia pelo trabalhador , além de criar uma série de medidas que reduziriam os abismos sociais impostos pelo sistema capitalista.
Em 2010, o Partido do Trabalhadores conduziu a primeira mulher ao cargo de Presidente da República, consolidando a deselitização da política brasileira!
Wellington Zigarti
Educador, advogado, filiado ao Partido dos Trabalhadores
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