segunda-feira, 12 de novembro de 2012

DA REDAÇÃO Blog de opinião da Redação do Liberal Passando a Justiça a limpo

Uma declaração do ministro Celso de Mello sobre a condenação de acusados de integrar o escândalo do mensalão merece ser levada em conta, acima de tudo o que já foi dito sobre o assunto, apesar de não ser nada novo. O importante do destaque é que a fala dele resume um desejo brasileiro antigo: passar a Justiça a limpo. E é isso o que está acontecendo com a condenação de figurões do PT e do primeiro mandato do ex-presidente Lula. Deve ser este o caminho para, finalmente, quem sabe, fixar a Justiça brasileira como aliada da população. Ao final da sessão de quinta-feira do Supremo Tribunal Federal, em que foram definidas as penas de prisão e multa a ex-sócios do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, o ministro citou numa entrevista que a Justiça brasileira não será mais a mesma depois da conclusão do julgamento da Ação Penal número 470, a do mensalão. E acrescentou: as decisões tomadas sobre o escândalo vão influenciar tribunais por todo o Brasil. Tomara. Ao citar que o Poder Judiciário é passível de sofrer alterações, Celso de Mello reconhece que juízes, desembargadores e até ministros precisam de desafios, de regras básicas e de crédito popular para agir com o rigor que cada caso exigir, dentro do que a lei preveja. Sem serem confrontados com a necessidade de aplicar penas de prisão e multa, como a do trio de publicitários que operou o escândalo, quem sabe os ministros do Supremo talvez não tivessem como mandar algum deles para a prisão. É claro que isto se aplica muito mais aos figurões petistas. No contexto de todo o movimento que mensalão causa, neste momento, no Poder Judiciário de todo o país, é preciso destacar, ainda, a determinação do ministro Joaquim Barbosa. É dele o papel de protagonista de todas as sentenças, condenações, observações e até enguiços entre colegas de plenário. Da mesma forma, mas em sentido contrário, tem cabido ao ministro Ricardo Lewandowski a função de tentar afagar os acusados para, quem sabe, aliviar um pouco a barra dos mensaleiros. Deve ser por causa de contrastes assim que a Justiça precisa mesmo de um pano bem limpo e de uma faxina de comportamentos. É preciso desmistificar a atuação de julgadores, que sofrem a pecha de condenar apenas devedores infiéis e inadimplentes de pensão alimentícia; pobres, pretos, prostitutas e "ladrões de galinha". Pegar os figurões -- independentemente de partidos e nem se carregam dinheiro sujo na cueca ou em cofres -- é função deles. O Supremo, hoje, dá exemplo não só aos demais integrantes do poder. Mas, ao Brasil inteiro. Quem sabe, na esteira da Justiça, o país também passe o Executivo e o Legislativo a limpo. Da Redação 12/11/2012 01:32 fonte o liberal

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