terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Partidos pedem a cassação de Diego

A ação foi assinada pelas siglas PT, PMDB, PDT, PTB, PSDC, PTN, PP, PPL e PTC, que acusam os eleitos de fraude e de terem feito "caixa 2" na campanha Diego não conseguiu justificar à Justiça Eleitoral gasto de R$ 350 mil na campanha Arquivo / O Liberal Um grupo de nove partidos políticos protocolou junto ao Cartório da 158ª Zona Eleitoral de Americana um pedido de cassação do diploma do prefeito reeleito Diego De Nadai (PSDB) e do vice-prefeito reeleito, Seme Calil (PSB). O pedido de instauração de Aije (ação de investigação judicial eleitoral) tem como base a rejeição das contas de campanha do prefeito e do vice-prefeito em função de divergências na prestação de contas da revista que divulgou os feitos da atual administração. A Justiça Eleitoral considerou que um gasto de R$ 350 mil não foi comprovado. A ação foi assinada pelos partidos PT, PMDB, PDT, PTB, PSDC, PTN, PP, PPL e PTC. Eles acusam os eleitos de fraude e de terem feito "caixa 2" na campanha. Isso porque, apesar da luxuosidade da revista distribuída nas residências, o prefeito e o vice-prefeito informaram à Justiça Eleitoral que a publicação custou apenas R$ 2 cada exemplar. A tiragem informada é de 75 mil exemplares. Os partidos pedem também a declaração de inelegibilidade dos réus pelo período de oito anos e a imposição de multa de cinco vezes o valor que excedeu o limite de gastos. Na prestação de contas da campanha, a Justiça Eleitoral identificou as divergências nas notas fiscais emitidas pela gráfica Buriti. Depois de ter informado o valor de R$ 2 cada exemplar, a gráfica apresentou notas de simples remessa do material, no valor de R$ 4,66 a unidade e alegou que foi apenas erro. Os partidos fizeram um levantamento e o valor de mercado para produção da mesma revista seria o equivalente a R$ 8,13, totalizando um gasto R$ 610 mil. "Assim, resta evidenciado que, por alguma maneira não declarada, obviamente escusa, a campanha dos réus pagou à referida gráfica valor muito superior aos R$150 mil", diz a representação. Eles usaram como comparação uma doação para a própria campanha no valor de R$ 48,6 mil em papel sulfite, que tem custo inferior ao papel couché, utilizado na publicação. Pela conta executada, mesmo que a revista fosse feita inteira em papel sulfite em branco, ainda assim custaria R$2,38 por unidade. Ainda assim, haveria o custo do corte, do refilamento, da encadernação, da embalagem, da tinta, da impressão, mão de obra, energia elétrica, entre outros. "Isso tudo, pensando-se somente no âmbito da impressão da revista. Mas ela é apenas o resultado final de uma complexa cadeia de ações anteriores absolutamente necessárias, que principiam pela idealização de seu conteúdo e disposição das páginas, imagens e textos; passam pela criação do acervo fotográfico, pela redação, pela diagramação, pela artefinalização etc. E, depois de pronta, ainda há o custo da distribuição", diz a representação. Eles ainda questionaram o custo das centenas de fotografias para a composição da revista.

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