sábado, 7 de dezembro de 2013

Gaeco denuncia 61 pessoas por desvio de dinheiro Caso SAS: escutas teriam revelado um suposto pagamento de propina no valor de R$ 100 mil ao prefeito de Americana

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) - Núcleo de Sorocaba, órgão do Ministério Público, denunciou ontem 61 pessoas por envolvimento no esquema de desvio de dinheiro da saúde pública de Americana e de mais seis municípios paulistas. As irregularidades vieram a público com a deflagração da "Operação Atenas", há um ano, que resultou inclusive na prisão de membros do Instituto SAS (Sistema de Assistência Social e Saúde), instituição que atualmente gerencia unidades da Rede Nossos PAIs (Programa de Atendimento Imediato) em Americana. Os nomes dos indiciados ainda não serão revelados pelo Gaeco. A denúncia, protocolada ontem na 2ª Vara Criminal de Itapetininga, conta com mais de 80 volumes de documentos referentes à investigação promovida pelos promotores. De acordo com o Gaeco, nos autos do processo, existe a notícia do recebimento de suborno por parte de um parlamentar e de um prefeito de um município do Interior. Na época em que a denúncia foi revelada, a informação era que as escutas promovidas pelo órgão teriam revelado um suposto pagamento de propina no valor de R$ 100 mil ao prefeito de Americana, Diego De Nadai (PSDB), e ao secretário de Saúde, Fabrizio Bordon. Por causa do envolvimento de políticos, o Gaeco também remeterá à Procuradoria-Geral de Justiça cópia integral da investigação para adotar as providências de sua alçada. Diego já é investigado no Cecrimp (Câmara Especializada em Crimes Praticados por Prefeitos) em função do caso. Entre os denunciados, estão empresários, dirigentes de organizações sociais e de Oscips (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público), médicos e agentes públicos, dentre os quais ex-prefeito de Itapetininga, atual vice-prefeito, e ex-secretários municipais. Os crimes atribuídos aos denunciados são de formação de quadrilha, fraudes em licitações, peculato e corrupção passiva e ativa. O esquema contava com a atuação de empresas de fachada, que emitiam notas fiscais correspondentes a serviços nunca prestados aos serviços de saúde. O esquema também envolvia a emissão de notas fiscais superfaturadas. Na operação que desmantelou o esquema, no ano passado, dez pessoas foram presas e foi apreendida uma mala com R$ 1 milhão em dinheiro, além de dólares e euros. fonte jornal Oliberal http://www.liberal.com.br/noticia/9F94D03DA77-gaeco_denuncia_61_pessoas_por_desvio

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