quinta-feira, 14 de abril de 2011

Sem “brilhantismo”, indústria abre 16.500 vagas em março

A indústria paulista gerou 16.500 empregos no último mês de março, uma alta de 0,65% sobre fevereiro, mas não vem atuando com o mesmo ímpeto de anos anteriores. Esse efeito aparece quando se considera o dado livre de efeitos sazonais, que indicou queda de 0,19% no mês, segundo os números divulgados nesta quinta-feira (14) pelo Ciesp e a Fiesp.


Na avaliação de Paulo Francini, diretor de Economia das entidades, o emprego no setor de transformação já não mostra o desempenho com o “brilhantismo” de outros anos, o que já havia sido alertado pelo Sensor Fiesp. A última apuração do indicador, em março, que mede a expectativa do empresariado no mês corrente, mostrava pontuação abaixo do que é considerado o ponto neutro (47 pontos).


“O Sensor já nos avisava que o emprego, na sua evolução, não ia bem. E o resultado apurado em março confirmou essa expectativa”, disse Francini. “Não é nenhuma tragédia, mas nem euforia. O fato é que o emprego está mais aquietado, andando de lado assim como a indústria de transformação”, definiu. A indústria paulista criou 50.500 vagas no ano, 2% sobre o mesmo período de 2010.




Cenário Segundo Francini, o cenário é instável porque as situações adversas continuam presentes, principalmente a agressividade da taxa de câmbio (atualmente o dólar opera abaixo de R$ 1,60). Para ele, esse fator dificulta a manutenção da estrutura industrial, que “vai se esburacando”.


“O setor está um tanto acuado pela produção importada. E não temos à vista grandes mudanças que possam alterar essa condição no curto prazo”, avaliou.

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