terça-feira, 2 de agosto de 2011

Gasto do prefeito de Americana com propagandadaria para construir 10 creches

Os gastos de R$ 14 milhões do prefeito de Americana, Diego De Nadai, com propaganda, até setembro, dariam para recapear todas as ruas esburacadas da cidade e construir 10 creches para acabar com o problema de falta de vagas.

O deputado estadual Antonio Mentor criticou o investimento milionário do prefeito em publicidade e a iniciativa de Diego em revogar a Lei Mentor, que obriga a divulgação dos gastos com os anúncios veiculados pela administração. A lei não era cumprida pelo prefeito.

A iniciativa do prefeito em acabar com a Lei Municipal 2.641/92, conhecida como Lei Mentor, foi classificada pelo deputado como própria do período da ditadura militar. Mentor propôs a lei, quando vereador de Americana.

Com novas manobras políticas, o projeto de lei foi aprovado na Câmara de Americana em segunda discussão, na sexta-feira, dia 15 de julho. Por seis votos a cinco, os vereadores decidiram que o prefeito não precisa mais divulgar o valor gasto com os anúncios publicitários.

Em entrevista ao programa De Primeira no Ar, da rádio Você, Mentor não poupou críticas ao prefeito. "É lamentável que um prefeito jovem, que se imaginava ter ideias avançadas e modernas, queira administrar a cidade com ideias tão conservadoras, atrasadas, do tempo da ditadura militar, querendo impor à população de Americana a mordaça, o silêncio", afirmou Mentor.

O deputado lembrou que a lei ajuda a população a ter a compreensão dos gastos públicos. E ainda relacionou a atitude de Diego à despesa milionária que ele possui com publicidade que, até setembro, vai somar R$ 14,1 milhões. “Com R$ 14 milhões, a prefeitura poderia recapear todas as ruas esburacadas da cidade, construir 10 creches e acabar com o problema da falta de vagas, asfaltar duas vezes todas as ruas da Praia Azul, construir 300 casas populares e fazer duas vezes a obra de ampliação do Hospital Municipal, entre outras prioridades e melhorias para o município”, declarou.

Outra crítica é a votação do projeto em regime de urgência. "Não seria mais efetivo permitir que a Câmara debatesse o projeto com tranquilidade, que a sociedade civil se manifestasse a respeito dessa questão, ouvisse mais as pessoas para que tomasse essa decisão depois de mais maturidade sobre o tema? Não entendi essa atitude intempestiva, para uma lei que está em vigor há 20 anos. O que ele está querendo esconder? O que mais tem por trás dessa medida? Essas são as perguntas que ficam", disparou o deputado.

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