segunda-feira, 2 de julho de 2012

Um problema de gestão,E VONTADE POLITICA TAMBEM

Durante um extenso período de chuvas, em dezembro de 2010, um trecho da vicinal Ivo Macris não suportou o volume de água e deslizou no Córrego Salto Grande, perto da divisa entre Americana e Paulínia. O desmoronamento que abriu uma vala de 15 metros de profundidade, é claro, não estava previsto nas plantas de engenharia para a recuperação da estrada, executada pelo Departamento de Estradas de Rodagem, e muito menos nos planos do governo estadual, que bancou a obra, em parceria com a Prefeitura de Americana. A situação piorou pouco tempo depois com um acidente grave, que terminou com cenas espetaculares de um guincho gigantesco retirando uma carreta que desabou entre os escombros da pista - no local onde deveria haver uma ponte e não tubos de concreto, como foi planejado pelos engenheiros da recuperação. Reduzindo o tamanho do problema, e felizmente, o carreteiro conseguiu escapar do acidente com alguns ferimentos sem gravidade. O pior, contudo, estava por ocorrer. Em abril de 2011 um motoqueiro não viu placas que indicavam o rompimento da estrada e caiu no buraco, morrendo em seguida. Poderia ser, assim, razão mais que suficiente para que todo o possível fosse feito para que a construção da tal ponte. Mas... Na semana passada, um novo acidente no mesmo local por pouco não termina com outra vítima fatal. A habilidade ou a sorte de um operador de máquinas impediram que o caso entrasse para as estatísticas com mais uma morte. O trator que era acoplado a um tanque de combustíveis deslizou para dentro do córrego, quase no mesmo ponto onde caíram a carreta e a moto. Não há como olhar superficialmente para o problema, colocar a culpa no volume de chuvas do final de 2010 ou ficar torcendo para que não chova mais tanto na cidade. O caso também não envolve apenas moradores do Assentamento Milton Santos e nem das cidades interligadas pela vicinal e nem os produtores rurais que a utilizam para o escoamento de produção. O problema é de gestão. No início deste ano, a mesma construtora que recuperou a estrada venceu uma licitação para reconstruir o trecho, agora com uma ponte de concreto. O convênio que deve viabilizar a obra é de mais R$ 1,6 milhão. E lá se vão mais seis meses e... O que falta para que o trecho seja reconstruído? Recursos não. Empreiteira interessada na obra também não. Necessidade evidente que não. Falta gestão. Falta atitude administrativa superior a interesses particulares ou políticos. Faltam cobranças parlamentares ao Executivo e medidas judiciais que apontem, comprovem e punam os responsáveis pelo desbarrancamento, os acidentes e a demor

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