terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Globo revela ligação de SAS e Diego

Reportagem do Fantástico, da Rede Globo, revelou ontem (16) que o prefeito Diego de Nadai e o secretário de Saúde, Fabrizio Bordon, são suspeitos de receber R$ 100 mil em propina de Fabio Berti Carone, apontado pelo MP (Ministério Público) como responsável pela intermediação dos contratos entre prefeituras e o Sistema Assistencial à Saúde (SAS) e o Instituto SAS. As duas entidades são responsáveis pelo gerenciamento de hospitais e as administrações pagam as contas. Na última sexta-feira (14), Diego de Nadai foi questionado pela reportagem do Fantástico João Carlos Nascimento / O Liberal Denominada de "Operação Atenas", o procedimento deflagrado na última segunda-feira (10) investiga os contratos firmados com o SAS pelas prefeituras de Americana, Itapetininga, São Miguel Arcanjo, Araçariguama e Vargem Grande Paulista, além do Rio de Janeiro (RJ) e de Araranguá, em Santa Catarina. As administrações são investigadas pelo MP, por meio do Gaeco (Grupo de atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), por conta da acusação de fraude em contratos públicos na gestão de hospitais. Os documentos da investigação, segundo a reportagem, indicam que Diego de Nadai e o secretário americanense estariam envolvidos em um esquema que teria desviado 10 milhões de reais por ano da área da saúde. No dia da diplomação como prefeito reeleito para mais quatro anos, vazaram na imprensa nacional as suspeitas de envolvimento dele no esquema de corrupção com o Grupo SAS. Para a imprensa que esteve no local, Diego desmentiu as acusações. "Isso é inverdade. É uma mentira, é um absurdo, não existe, não existiu e nunca vai existir", garantiu. "Não tem nada de errado aqui, pode ter certeza disso. Aqui ninguém nunca recebeu nada e ninguém nunca teve acesso a nada errado". Fabrizio Bordon também garantiu que não cometeu irregularidades. Ele admitiu que, após as denúncias e prisões de integrantes do SAS, existe a possibilidade de rompimento de contrato com a organização social. Em fevereiro, o Instituto SAS foi qualificado para gerenciamento das quatro unidades de pronto-atendimento do município - PAI Zanaga, PAI Mathiensen, PAI Gramado e PAI São José -, do Núcleo de Especialidades e das UBSs (unidades básicas de saúde) Gramado, Mathiensen e São José. O tempo de contrato é de três anos, mediante o repasse de R$ 25 milhões anuais. Para o Fantástico, o advogado Celso Vilardi, que defende Fabio Carone, informou que irá se manifestar após estudar a investigação do MP. O SAS e o instituto SAS afirmam que os diretores negam as acusações. A reportagem que foi ao ar na edição deste domingo do Fantástico pode ser conferida aqui.

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