sábado, 25 de dezembro de 2010

Corpo de Quércia é enterrado no Cemitério do Morumbi

O corpo do ex-governador Orestes Quércia foi enterrado no Cemitério do Morumbi na manhã deste sábado (25). Quércia morreu na sexta-feira (24), vítima de um câncer avançado de próstata. O enterro do corpo será feito ainda na manhã de hoje, no Cemitério do Morumbi.




Quércia morreu no começo da manhã de ontem, vítima de um câncer avançado na próstata. Ele permanecia internado desde 8 de novembro no Hospital Sírio-Libanês, onde passava por sessões de quimioterapia.



O governador de São Paulo, Alberto Goldman, decretou luto oficial de sete dias no Estado. O corpo do político foi velado no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.



Ele ficou internado no mesmo hospital por mais de um mês, entre o dia 1º de setembro e o dia 6 de outubro, quando foi constatada a volta do tumor, tratado há mais de dez anos.



Na última quinta-feira (23), o estado de saúde de Quércia era considerado crítico, de acordo com a assessoria de imprensa do hospital.





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Devido ao tratamento, Quércia deixou a disputa pelo Senado – ele era candidato pela coligação de Geraldo Alckmin (PSDB), eleito governador do Estado. Com a desistência, o ex-governador apoiou o tucano Aloysio Nunes, que foi eleito para uma das vagas ao Senado por São Paulo.



Biografia



Nascido em Pedregulho (SP), em 1938, Orestes Quércia iniciou a carreira política em 1962, ao ser eleito vereador em Campinas, no interior paulista, pelo extinto Partido Libertador. Com a ditadura militar e o fim da liberdade partidária, Quércia migrou para o MBD (Movimento Democrático Brasileiro), partido que mais tarde ajudou a transformar no atual PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro).



Pelo MDB, foi eleito deputado estadual em 1966 e prefeito de Campinas em 1968. Quércia fortaleceu o partido no interior de São Paulo como principal oposição legal à ditadura e, em 1974, foi eleito senador pelo Estado.



Em 1980, com a abertura do regime militar e a volta do pluripartidarismo, Quércia foi eleito vice-governador pelo PMDB, na chapa pura de Franco Montoro, e foi eleito governador em 1986. O peemedebista foi favorável à campanha pelas Diretas Já e, em 1985, apoiou a candidatura vitoriosa de Tancredo Neves à Presidência.



Desde que deixou o governo paulista em 1991, Quércia não conseguiu mais se eleger, apesar de ter concorrido diversas vezes. Tentou a Presidência, em 1994, o governo estadual, em 1998 e 2006, e disputou o Senado, em 2002. Este ano, abandonou no meio a campanha para senador por São Paulo devido a um câncer de próstata. Quércia apoiou Aloysio Nunes, o que garantiu a vitória ao tucano, antes atrás nas pesquisas.



Quércia deixa mulher e quatro filhos.





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