quarta-feira, 20 de abril de 2011

O PSD acabou com a oposição

Nos últimos 16 anos, a oposição ao governo jamais ficou tão reduzida depois do advento de criação do PSD, capitaneado por Gilberto Kassab.
A oposição à presidente Dilma Rousseff está reduzida a menos de cem deputados, exibindo um cenário inédito nos últimos 16 anos... inigualável.

Tudo em razão da debandada de deputados para o partido que abrirá as portas para a adesão ao governo Dilma.

A oposição, representada por PSDB, DEM e PPS terá somente 96 deputados que, proporcionalmente, vem a ser a menor do que em países vizinhos, como a Venezuela e a Bolívia.

Somente o presidente Itamar Franco, atual senador pelo PPS de Minas Gerais, teve uma Câmara tão dócil como a atual, com relação ao poder. Isso se olharmos para o retrovisor e chegarmos a Desde a em 1989, quando foi registrada a retomada das eleições.

Lembremos que naquela ocasião, à exceção do PT, houve uma certa mobilização política para recuperar o País que vinha do impeachment de Fernando Collor (que atualmente também está no Senado).

Ainda pelo retovisor e olhando para os governos de Collor, Fernando Henrique e Lula, nunca a oposição ficou tão restrita a um número tão pequeno como agora.

Dois dígitos no total de opositores, um fato extra na polítifca nacional. Tomemos como exemplo a Venezuela: lá, 64 dos 160 deputados da Assembleia Nacional fazem oposição a Hugo Chávez, ou seja, 40% da Casa. Na Bolívia, são 43 oposicionistas na Câmara, representando 32,8% da Casa. No Brasil, os 96 deputados do DEM, PSDB e PPS representam somente 18,7% da Casa. "Aqui o governo tem sido mais habilidoso, menos truculento. A ação é sorrateira, no subterrâneo da política. Isso fica claro nessa criação do PSD, que tem o dedo do Planalto", analisa o vice-presidente do DEM, Ronaldo Caiado.

Nesse processo de esvaziamento da oposição, quem mais saiu no prejuízo foi o DEM. Da bancada de 43 deputados que tomou posse em fevereiro deste ano, onze estão de mudança para a nova legenda, idealizada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

O líder do partido na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), diz que, reduzida em número, a oposição deve buscar a qualidade na atuação. "O que a oposição precisa é ter projetos. Ter cem ou 120 deputados não tem diferença prática, dá no mesmo. A oposição vai perder todas as votações", resumiu ACM Neto.
Postado por Renato Senis Cardoso às 00:20 0 comentários

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